Terça-feira, 23 de Março de 2004
![hamas[1].jpg](http://botaacima.blogs.sapo.pt/arquivo/hamas[1].jpg)
Vale a pena ler:
1) O post do
Aviz intitulado “SOBRE A GUERRA” e os comentários que ele mereceu. Só me pergunto, porque é que ninguém resolveu chamar “JUDEU” ao F.J.Viegas, como insulto supremo, quando se sabe da opção deste em termos religiosos porque ele a assumiu publicamente.
2) O post de
Vital Moreira intitulado “Escalada assassina” de que se desconhecem comentários porque este blogue não dá guarida a essas democratices. Os da Causa Nossa fazem jurisprudência sem direito a apelo.
Porque vale a pena confirmar como “boas causas” recorrem à “superioridade moral” das mesmas para tentarem impingir moralismos baratos, demagógicos e trapaceiros.
Coitado do Xeque do Hamas. Velho e tetraplégico, chora o cristão (novo ou velho?) Vital Moreira. Assassinado, quando ia numa cadeira de rodas, por um foguete teleguiado (maldita tecnologia) atirado por um descendente dos que crucificaram Cristo na Cruz. Só que o sacana do finado já andava na cadeira de rodas desde os doze anos e isso não o impediu de passar a vida a inspirar e incentivar os terroristas do Hamas. Matando crianças e outros civis (judeus, eu sei). Matando (ou "suicidando") jovens palestinianos e palestinianas fanatizados e fanatizadas pelo Xeque para servirem como homens-bomba e mulheres-bomba. Matando, porque a Morte era a única religião do Xeque. Sabe-se até que o Xeque tinha a suprema ambição de morrer em MartÃrio. E aqui é que eu lamento que Sharon lhe tenha feito a vontade. Desde quando é que uma cadeira de rodas isenta um Xeque de Assassinos dos riscos da Religião da Morte pela qual optou? Saber se Hitler sofria de sÃflis ou não, acrescenta alguma coisa ao julgamento sobre Hitler? Ou se Estaline tinha um trauma na sua relação com a Mãe (sabe-se da sua extrema frieza de ter mandado Béria representá-lo no funeral dela)? Ou, ainda, se Fidel Castro foi vÃtima de abusos sexuais quando andou no Colégio de JesuÃtas e isso deu-lhe, em velho, para torturar e prender jornalistas?
Limpem o Sharon e eu vou chorar tanto por ele como choro pelo Xeque. Porque todas as minhas lágrimas vão para as vÃtimas do terrorismo. E não tenho cloreto de sódio no corpo que dê para chorar as vÃtimas, os assassinos e os assassinos dos assassinos. Por isso, tenho de o dosear. Eu choro os mortos de Atocha de que não sei os nomes. Eu choro as vÃtimas do ELP/MDLP e das FP 25. Eu choro os assassinados pela ETA. Eu choro aqueles que tiveram a desdita de estarem nas Torres Gémeas no dia e na hora erradas. Eu choro todas as vÃtimas passadas e futuras.
Desculpem, mas eu não choro um único Assassino. Eu só tenho é pena que eles não se juntem todos no mesmo sÃtio, numa ilha isolada, e não se matem uns aos outros. Não sendo tal possÃvel, fogo neles, a TODOS!
De João a 25 de Março de 2004 às 16:29
A sua visita nunca é tardia. Nem pouco mais ... ou menos. Abraço.
Vai já com algum atraso, mas não queria deixar de dizer que subscrevo totalmente o que diz no seu post.
De João a 24 de Março de 2004 às 00:29
Obrigado Teixeira Pinto. Bom tema esse: Petróleo e Terrorismo. Lá irei não tarda nada. Abraço.
ERRATA: mUsculadas...
Não, as candeias estão às direitas. Talvez um dia o petróleo deixe de justificar tanto finca-pé em soluções mosculadas. Abraço.
De João a 23 de Março de 2004 às 21:30
Eu também não disse que "este é o caminho". Nem este nem nenhum outro que passe pelo contemporização com os assassinos, acrescento. Claro que sei (quem não sabe?) que este fenómeno é um gerador inesgotável de mártires. Eles, os fanáticos, precisam disso como de pão para a boca. E depois? Pior que dar-lhes mártires não é mostrar que os tememos? Penso que já tÃnhamos chegado ao consenso que a solução passa "ao lado" - apostar nos querem e merecem o diálogo e o entendimento. Esse "partido" tem de ser fortalecido, porque existe, de ambos os lados. Ainda continuamos de candeia à s avessas? Abraço.
Sobre o carismo e os carismáticos, não foi isso que quis dizer. A questão é que a guerra suja dos "mártires"-bombistas vai recrudescer por causa disso. Não se trata de dar mérito ao bicho, mas sim de reconhecer que este não é o caminho. Abraço.
De João a 23 de Março de 2004 às 20:10
Assino por baixo, caro companheiro. O grande problema israelo-palestiniano é a cedência dos moderados (ou democratas?) face aos falcões. Nos dois lados. É verdade que os genocidas sionistas foram sempre sustentados pelos EUA. Como não é menos verdade que Arafat foi um "centro de mesa" em tudo que era "progressista" e filo-soviético. A resolução daquele dramático e mortÃfero conflito passa, a meu ver, pelo impulso das correntes democráticas (e elas existem de um lado e de outro) e a intransigência total para com o terrorismo, o fanatismo e o funamentalismo. Mas temos tema para debate que está para lavar e durar. Tentemos alargar horizontes sem maniqueÃsmos de "bons" e "maus". Porque, naquela terra empapada de sangue de inocentes, poucos são os inocentes que têm poder e contra-poder. Quanto ao carisma do Xeque vou ali e já venho. Carismáticos eram (ou são) Lenine, Estaline, Trotski, Cunhal, Hitler, Mussollini, Hever Hoxa, Kim Il Sung, Mao, Fidel, Che, Peron e por aà fora. E daÃ? Se um marreco fôr carismático e tirano, vamos todos gritar "não batam no marreco, coitadinho que é aleijado e carismático"? Abraço.
João, ser tetraplégico e quase não ter voz e, não obstante, ser religiosamente ouvido por quase um milhão, temos que reconhecer que é obra de carisma (que em latim significa "dom da graça", divina, subentenda-se). Já disse que não simpatizava nada com o inergúmeno, mas há que lhe tirar o chapéu pelos seus dotes de guia de massas. Além disso, a sua morte não vai resolver nada. A Lei do olho-por-olho foi restaurada pelo excelentÃssimo cabrão de nome Sharon que, de facto, foi o directo beneficiário do assassÃnio de Itzak Rabin. Naquela terra só os extremistas sabem comunicar, em estrita obediência à dita lei. Quando é que os moderados terão o direito à palavra??? Essa é que é a questão de fundo.
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