
Ora essa. Claro que estou pelo alargamento da União Europeia. Não nego aos outros o que tenho para mim. Deviam lá estar estes “mais dez” e os outros todos. Só cá não devem estar os que não querem. Até que a União Europeia seja a Europa (toda). Claro? ClarÃssimo. Então, como diz o outro, ponto final parágrafo.
O problema é que esta não é a questão. Ou é, apenas, uma questão de princÃpio.
O busÃlis é a partir daqui, do enunciado de princÃpio da partilha europeia.
Que Europa? Como se constrói a nova identidade. Como se gere e partilha a soberania. Como é que, polÃtica e socialmente, se matriza a apropriação, repartição e reconstrução dos mercados e dos tecidos económicos. Como é que a cultura modera a selvajaria da finança. Como se reduzem os fossos. Como se evitam mais marginais (socialmente, falando). Como se superam as desconfianças e os complexos de superioridade e de inferioridade.
Deitar foguetes na actual situação da festa, é (apenas) retórica comemorativa. É preferir beber um copo do que pensar e fazer, deixando isso para outros. E esses outros já demonstraram que se ficam pelo negócio.
Pela cantilena dos festivos euro-optimistas, e por este andar, a literatura, a boa literatura europeia, ainda acaba reduzida à poesia infantil e aos contos para adormecer meninos. Enquanto a bolsa dita a vida.
Haja Europa ! Mas uma Europa em que ser Europeu é ser exigente. Então que a Europa cresça e apareça. Vamos lá a essa ginástica.
De João a 4 de Maio de 2004 às 17:57
As minhas dúvidas estão lavradas em acta...
De Antonio Dias a 4 de Maio de 2004 às 17:45
União Europeia? Com que Europa? Há, sabemos, "várias Europas". Estou em total desacordo com isso. Quero uma Europa não unificada mas unida. Garantindo-se, inegavelmente, a independência absoluta. Será que é isso que acontece?
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