O PS e o PCP falaram sobre a neo-privatização da Galp e o negócio mal contado com a Carlyle. O assunto já passou claramente das marcas. E nem os “sábios” arranjados à pressa limpam a historieta.
Ferro Rodrigues questionou o assunto em tons de gravidade e de sobriedade. Como lhe competia. Falou. Talvez, agora, outras vozes do PS se façam ouvir.
Carlos Carvalhas também falou. Mas borrou a pintura. Ele não quer Carlyle nem nenhum privado. Ele quer Estado. Sector Empresarial do Estado, entenda-se. Não ajuda nada. Mas falou. Bernardino Soares também, pois claro.
Nesta denúncia, a Taça vai inteirinha para o Bloco de Esquerda, pois foi Louçã que começou por partir a loiça. Os cacos foram tamanhos que o resto da Oposição lá acabou por acordar com o barulho.
Agora, até Martins da Cruz, o ex-ministro, falou. Fez de parvo ou pensa que todos somos parvos. Ele é só consultor da Carlyle. Deu opiniões, pois claro. Mas é só consultor. Não tem nada a ver com o negócio. Trabalha para a Carlyle mas não risca nada. Um contumaz virtuoso ofendido, este diplomata. Cada vez que se mete em assados, quer sair pela porta dos anjinhos.
Um dia destes, quando menos se esperar, ainda hei-de ouvir o Carlucci dizer: “Carlyle? Não conheço e não comento.”
O assunto está com a carga pesada e é difÃcil que o burro a carregue. Por decência mÃnima, deviam aliviar a carga do burro e reiniciar a caminhada, ajustando a carga ao animal. Ou vice versa. A menos, a menos, a menos que resolvam mesmo lixar o pobre do burro. Porque, se calhar, no pensar deles, burros somos nós.
Adenda:Aqui
está outro que nos quer tomar por burros. Só que de tanto insistirem em carregarem o burro, o frete cada vez mais fica à vista.